Volta Redonda, 10 de maio de 2024 – O vereador Raone Ferreira (PSB), de Volta Redonda, tem sido o alvo de intensas campanhas de difamação e ataques virtuais coordenados por milícias digitais. Este novo episódio ocorreu logo após suas críticas durante a audiência pública que discutiu o “Plano Nacional de Educação 2024-2034”, realizada na Câmara Municipal no último dia 7 de maio. As declarações do vereador, que defendeu veementemente políticas públicas voltadas para a melhoria da educação, desencadearam uma resposta agressiva nas redes sociais.
Mais de 11 mil contas falsas e robotizadas foram usadas com o objetivo de provocar um shadowban, técnica utilizada para limitar a visibilidade de um usuário nas redes sociais sem notificação prévia. O shadowban faz com que as publicações do vereador não apareçam nos feeds de notícias dos seus seguidores reais, dificultando a disseminação orgânica de seus conteúdos. Além disso, tais ataques podem derrubar as contas oficiais do parlamentar.
Esta não é a primeira vez que Raone enfrenta tais adversidades digitais. Em abril, após criticar uma parlamentar de extrema direita que apoiou a liberação de Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, Raone sofreu ataques semelhantes.
Em resposta a esses ataques, Raone consultou Tiago Santos, ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e está tomando todas as medidas legais. O vereador planeja abrir um boletim de ocorrência na delegacia especializada em crimes digitais no Rio de Janeiro e apresentar uma representação ao Ministério Público Eleitoral.
“Esses ataques são uma tentativa clara de silenciar uma voz que se levanta pela justiça e pela educação de qualidade em nosso país. Não nos curvaremos à intimidação e seguiremos lutando pela transparência e pela democracia”, afirmou Raone em uma recente declaração à imprensa.
A situação de Raone chama a atenção para a crescente preocupação com as milícias digitais e seu impacto sobre a democracia e a liberdade de expressão. A manipulação de redes sociais para fins políticos subversivos tem se mostrado uma prática alarmante e que demanda uma resposta igualmente séria das autoridades e da sociedade.
A esperança é que as ações judiciais e o aumento da vigilância sobre tais atividades possam garantir que debates fundamentais para o futuro do país, como o da educação, ocorram em um ambiente seguro e respeitoso, livre de perseguições e ataques infundados.